quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Não se culpe por nada,faça o que é certo e nada tema.


A vontade era de gritar e um esbofetear o outro como haviam pensado no caminho antes de se encontrarem,ou talvez chorar incessantemente e gritar até que o outro pudesse sentir toda a magoa do mundo,toda a culpa do mundo. Quem sabe poderia ser tudo lindo e comercial e um corre-se para os braços do outro dissesse frases feitas e selassem seu amor com um beijo doce.
A realidade porém foi agridoce,como sempre nossa criatividade e coragem vão pra algum lugar inacessível no momento em que mais precisamos.O que realmente aconteceu os faria dormir mal por muitos dias pesando no que poderiam ter feito ou falado,mas já era tarde.
Ela com um lenço azul no pescoço,o rosto um pouco corado devido o calor que vinha da alma ,mas por fora o frio era monótono e triste. Ele uma jaqueta velha porem moderninha,o cabelo bagunçado pelo vento e o rosto apertado de dor. Ambos os olhos estavam plácidos brilhantes e sublimes porém tristes,o amor espremido e guardado estava querendo saltar pelos olhos,mas a dor de nenhum dos dois permitiu que o fizesse.
Ficaram um tempo em silencio esperando que alguém pudesse falar,mas o silencio gritava tão alto que ninguém se atrevia a interrompê-lo.Ao som da primeira palavra que ela disse um tipo de grunhido defensivo saiu da boca dele ,a lágrima dela parou no meio do rosto,sua cabeça balançou negativamente e suas palavras recuaram,ele com vergonha já vermelho tentou pegar em sua mão que foi pra trás,ele então a segurou pelo rosto firmemente e a beijou e ela o beijou e o amor saiu com raiva e com pressa . Mas como eu havia dito,nada tinha sido como talvez no comercial,após essa cena ela saiu correndo em direção nenhuma, só precisava parar de dividir o mesmo espaço e o mesmo ar que ele, ser corajosa em algum lugar sozinha. Ele esmurrou alguma coisa que estava próxima, colocou a mão na cintura e resolveu não ter reação nenhuma.
E era isso todos os seus problemas estavam resolvidos,a partir daquele momento não havia como tocar no assunto,seria apenas perda de tempo,mais lágrimas e mais algum objeto próximo quebrado.Há certas vezes que a melhor solução é não tentar dar solução nenhuma, há pessoas que por mais que vistam a culpa perfeitamente, sabem fazer qualquer argumento não ter nenhum cabimento e existem erros que não nos permitimos dividir com ninguém, são só nossos. 
Tornariam a se ver, não com a mesma frequência,mas a intensidade já é discutível,a dor seria amenizada pela anestesia do tempo e o amor fora aprisionado,em partes transformada em mágoa,outra em perdão,alguma em descaso mas a maior parte estava lá trancafiada e era melhor não mexer ,quem sabe um dia ela resolvesse sumir ou por um milagre em um dia de faxina interior se descobrisse que ela não residia mais lá,mas isso já é história que só o tempo pode dizer.
Bárbara Adline

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Me diga o que vamos fazer agora.




Perto de você fico vulnerável, seus olhos fazem minha emoção calar os gritos da razão. Saber que posso te tocar faz meu corpo levantar, sem eu nem mesma permitir. Você toca dentro de mim como o ritmo daquela musica que me faz delirar. A saudade me faz o ver sorrindo ao meu lado, comentando a cada palavra daquele jeito lindo que só você pode fazer. Meu corpo precisa de você aqui agora pra ontem, pra hoje. Não há tempos para revisões, lembranças, se achegue a mim. Só você me faz tentar minha esperança, esgotar meu estoque de arrependimentos, mas posso gastar ele todo com você. É só você vir até mim. Te ver é fazer sentido.

Bárbara Adline

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cara a tapa.




Dignidade não faz mal a ninguém. Afinal as pessoas cada vez menos querem prestar contas das atitudes e dos devaneios que tem. E todo mundo sai por ai sendo exagerado, irresponsável, sendo extremo e pronto. Está feito o erro. Arruma um jeito de ir levando, ir escondendo, e promete pra si mesmo que não haverá uma segunda vez. Mas não é necessária uma segunda vez para piorar uma situação, não é necessária uma segunda vez pra você se sentir culpado, pra você ferir alguém. Pedir perdão de corpo e alma é louvável, mas pedir desculpas depois e tão somente porque foi descoberto é irônico. Errar é humano, errar conscientemente é lamentável, mas errar e encobrir o erro é covardia. Não adianta ficar em busca de pessoas confiáveis e verdadeiras, se a pessoa que você mais convive que é você mesma, não é digna de confiança.




Bárbara Adline.


sábado, 10 de setembro de 2011

Pode falar!


A:Está acabando,pensa pelo lado positivo.
B: Eu sei mas, lembrar quanto tempo esperei ,quanta raiva passei.Me da uma vontade de chorar.A:Chora, tira toda essa tensão.Você não, sabe o que fazer, né?
B: Não , me sinto caminhando pro mesmo lugar que sempre julguei errado. A: Ficar, por comodidade?
B: Sempre disse e repeti que a pessoa que estivesse comigo teria a certeza de que estou com ela 100%,pra valer.
A: E por mais, que não quisesse mudou, esse seu conceito,mesmo sem perceber.
B: não sei ,só sei que o céu está em sintonia comigo agora.

A: Vai cair, uma chuva.Você está em meio a tempestade?
B: Aqui já começou a chover faz tempo!
A: Moramos muito longe.Aqui o sol ainda abre

Bárbara Adline e Jessica Carvalho 
(Afinidade é quando duas almas tem sempre a necessidade de compartilhar sua vida com a outra,e é bonito quando isso vira poesia ,pois poesia é eterna.)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Costumes



Não importa eu falar que depois daquele dia eu to deixando meu cabelo crescer, que eu passei  no vestibular, que eu viajei que eu emagreci e voltei a engordar que eu enjoei de tomar chocolate, que eu mudei meu guarda roupa inteiro que eu sorri, que eu chorei. Não importa, pois  quando sua mera lembrança vem até mim, me voltam as vontades de chocolate, não ligo mais pra roupa que visto as viagens?Já não tiveram tanta graça, meu peso some e me faz flutuar e ao mesmo tempo me faz sentir todo peso do mundo, e aquele velho costume de versificar você me volta aos dedos. Aquele velho costume de amar você vez enquando também me vem agoniar o coração.
Bárbara Adline

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Arrepio imediato





As vezes me sinto sozinha , não ter onde pisar, não saber pra onde ir.Aquele desespero de transição de não saber se o próximo passo vai dar certo.Se meus planos pro futuro forem tão grandes que viva vazio no presente.Será que estamos beijando as bocas que queremos beijar?Estamos ao lado das pessoas que realmente nos fazem felizes?O esforço dos nossos trabalhos resultará em alguma coisa,? Estamos lutando  pelo nosso sonho agora?Estamos nos sentindo parte de algo importante,algo que faça do dia de hoje  uma alegre espera para o amanhã? Eu quero a plenitude do hoje, quero a aventura da vida agora. O que nos faz bem agora  nos faz planejar o futuro de amanha,nos faz sentir arrepio bom. Quero sentir de imediato, depois Deus sabe.

Bárbara Adline 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Futuro com Você

Nós queremos puramente romances, queremos ver alguém se preocupando em nos ligar, só pra falar que nos ama, queremos surpresas em serenatas, músicas, mensagens de texto, valsas dançadas a dois, olho brilhando, elogios fora de hora, mão no cabelo, no rosto na bochecha, na mão. Alguém pra entender que não se vive só de arrepios nessa vida, mas que se vive de companhia, conversas pelo olhar, sonhos, religiões, hobbies, besteiras cotidianas. Alguém que nos faça tremer até o fim da vida, quando só o calor não valer mais de nada.

Bárbara Adline